Governador abre a colheita do café arábica em Marechal Floriano

Publicado em 28/05/2024 às 09:19

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Texto: Bruno Caetano / Foto: Divulgação

Cafeicultores do Espírito Santo participaram, na manhã de ontem (27), do evento que marcou a abertura da colheita do café arábica no Estado, que foi realizado no distrito de Santa Maria, em Marechal Floriano. O evento, promovido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e pela Prefeitura de Marechal Floriano, contou com a presença do governador Renato Casagrande, de autoridades regionais e estaduais, além de produtores e especialistas do setor.

O evento de abertura da colheita do café arábica aconteceu no sítio da família Stöckl. Na ocasião, foi apresentada uma palestra técnica sobre “Cafeicultura Sustentável”, ministrada por um técnico do Incaper. O governador Renato Casagrande destacou os investimentos no setor.

“A cafeicultura é muito representativa para os capixabas, além de ter uma grande significância na economia do Espírito Santo. O Governo tem compromisso com os agricultores, por isso estamos realizando o maior investimento da história nessa área. São obras de calçamento rural e infraestrutura no campo”, lembrou o governador.

PRODUÇÃO – O Espírito Santo é o terceiro maior produtor de café do país, com as exportações de café representando 48,4% do total das exportações do estado em 2023, gerando cerca de R$ 10,5 bilhões para a economia estadual. Para a variedade arábica, a produção somou 2,9 milhões de sacas de 60 kg, em uma área de 130,8 mil hectares, com produtividade média de 21,9 sacas por hectares em 2023, segundo o Levantamento da Safra de Café de 2023, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O coordenador regional do Incaper, Ubaldino Saraiva, ressaltou a relevância da abertura da colheita para Marechal Floriano. Para ele, o evento no município é um marco para a cidade, que se destaca pela produção de café de alta qualidade. “Marechal Floriano tem um potencial enorme e eventos como este valorizam a cafeicultura e os produtores da região”, disse Ubaldino Saraiva.

Segundo dados iniciais da Conab, a previsão é que em 2024 sejam produzidas 15,1 milhões de sacas de café no Espírito Santo, das quais aproximadamente 4 milhões serão de café arábica. Em Marechal Floriano, a expectativa é de cerca de 80 mil sacas, com 10 mil dessas sendo de café especial.

A safra deste ano é considerada promissora devido à bienalidade da cultura do café, que alterna anos de alta e baixa produção. “Este é um ano de safra alta, com condições climáticas favoráveis e um manejo adequado das lavouras”, explica o coordenador do Incaper.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destacou a importância do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do ES, a meta de propriedades certificadas no ES e o resultado da última Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG).

“Crescemos 71% em exportações do agronegócio, principalmente devido a nossa cafeicultura. No crédito rural, encerraremos o ano safra com mais de R$ 7 bilhões aplicados. No ano anterior, foi um pouco mais de R$ 5 bilhões, então parabéns aos nossos cafeicultores, que fazem essa excelência que é a nossa agropecuária capixaba”, completou o secretário.

OTIMISMO – Com a abertura da colheita deste ano, a atmosfera de entusiasmo cresce entre os cafeicultores, que estão otimistas diante dos desafios. O produtor Thiago Douro, do distrito de Victor Hugo, Marechal Floriano, observa as primeiras mudanças do campo. “Apesar do clima mais seco em comparação com anos anteriores, estou confiante de que teremos uma safra promissora”, diz o cafeicultor.

Em 2023, a safra de café no Espírito Santo foi afetada pelo longo período de estiagem, atrelado às baixas temperaturas e ao ano de bienalidade negativa, sobretudo no café arábica. As informações são do 2º levantamento da cultura realizado pela Conab, que estimou uma redução total de 18,4% na produção de sacas. A tendência para este ano é de que haja a normalização da produção.

Um dos principais desafios é garantir que cada grão atinja seu pleno potencial de sabor e aroma. Por isso, o produtor mantém um cauteloso otimismo. “É cedo para fazer previsões, mas acredito que os melhores lotes virão tardios. Estou ansioso para ver como nossos cafés especiais se desenvolverão nesta temporada”, comenta Thiago Douro.

No Espírito Santo, 80% das propriedades rurais estão envolvidas na produção de café, com 73% dessas propriedades sendo de agricultura familiar. No município de Marechal Floriano, 3 mil hectares de terra são destinados à produção de café. Ao todo, 800 famílias trabalham diretamente com a atividade. Desses, cerca de 100 produtores trabalham com café especial.

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