Trump anuncia possível início imediato de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia
Publicado em 21/05/2025 às 09:03

Foto: White House
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (19) que as negociações de paz entre Rússia e Ucrânia devem começar “imediatamente”, após uma ligação telefônica de duas horas com o presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo Trump, o Papa Leão XIV teria se oferecido para sediar as conversas no Vaticano. “Rússia e Ucrânia vão iniciar imediatamente negociações para um cessar-fogo e, mais importante, para o FIM da guerra. Que o processo comece!”, escreveu o ex-presidente em uma rede social.
De acordo com o jornal USA Today, o diálogo entre Trump e Putin teve um tom otimista. O presidente russo agradeceu o apoio de Trump e demonstrou disposição para negociar um memorando de entendimento com a Ucrânia. O documento trataria dos princípios para um possível acordo de paz e dos prazos para sua implementação.
Histórico de tentativas frustradas
Putin afirmou que, embora ainda não haja consenso sobre os próximos os, há interesse em retomar o diálogo com Kyiv. A última rodada de negociações entre os dois países aconteceu na Turquia e foi encerrada em 16 de maio, com um acordo para troca de prisioneiros e indicativos de continuidade nas conversas.
Antes disso, uma reunião entre Putin e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy estava prevista para 15 de maio. No entanto, Putin se recusou a participar pessoalmente e enviou representantes de segundo escalão. Zelenskyy propôs um cessar-fogo emergencial de 30 dias, enquanto Putin defende a definição prévia dos termos de um eventual acordo antes de aceitar qualquer trégua.
Trump tem atuado para pressionar os dois lados a encerrar o conflito, iniciado em 2022. O USA Today informou que ele demonstrou frustração com a falta de avanços e já considera a imposição de novas sanções contra a Rússia, caso as negociações não avancem. Recentemente, Trump e seu vice, J.D. Vance, também se reuniram com Zelenskyy em Roma.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou no mesmo dia que o governo dos EUA está “cansado e frustrado com os dois lados do conflito”. Autoridades americanas alertaram que, caso não haja progresso nas conversas, Washington poderá se retirar das tratativas de paz.